Neuropatia diabética
A diabetes, tanto o tipo 1 quanto o tipo 2 é uma doença altamente prevalente em nosso meio. Estima-se que 9,3% da população seja diabética.
Além disso, essa doença está comumente associada com outras condições clínicas como hipertensão arterial, obesidade, dislipidemia, condição esta chamada de síndrome metabólica e que agrava tanto o diabetes como as consequências e e lesões em órgão alvo, como retina, rins, nervo periférico, etc...
O diabetes tipo 2 é a forma mais comum de diabetes ( 90%) e caracteriza-se por aumento a secreção de insulina, porém com aumento da resistência insulínica periférica. Isso quer dizer que a despeito de níveis aumentados de insulina no sangue, seus efeitos periféricos estão diminuídos, como se as células do corpo tivessem dificuldade de responder ao estímulo do hormônio.
Já a diabetes tipo 1 representa 5 - 10 % dos casos de diabetes e e consequência de uma destruição autoimune das células beta pancreáticas provocando uma deficiência na produção de insulina.
A neuropatia periférica é uma das complicações mais prevalentes, debilitantes e que afeta muito a qualidade de vida da pessoa. Os portadores normalmente sofrem de dores, formigamento e sensação de queimação nas pernas e pés. Não raro esses sintomas agravam-se no período noturno e podem afetar o sono também, contribuindo ainda mais para o prejuízo na qualidade devida, rendimento cognitivo ao longo do dia e especialmente também o humor.
Uma recomendação importante é manter os níveis glicêmicos o mais controlado possível para evitar a progressão da doença. Especialmente nos casos de diabetes tipo 2, é fundamental o controle e manejo da síndrome metabólica, visando reduzir circunferência abdominal e perda de ponderal, alem de atividade física regular, controle pressórico e dos níveis de colesterol no sangue. Estas medidas tem um impacto muito grande para o controle da doença, melhora na qualidade de vida e redução dos sintomas.
Também podemos lançar mão de medicamentos para tratamento dos sintomas sensitivos incomodativos, porém estes medicamentos são apenas sintomáticos e não interferem na progressão da doença. Mas são fundamentais para dar um maior conforto ao paciente.
Procure um neurologista devidamente habilitado caso você sinta dores ou formigamento nas pernas para que possa ser realizado o diagnóstico diferencial de forma adequada e precisa, pois diversas condições clínicas podem apresentar os mesmos sintomas.